Injeção de ânimo

Girls, olá!

Andei fuçando muito na net hoje e, acredite, nada sobre au pair (sobre curso de correspondente internacional). Maas, como até inconscientemente este assunto fica impregnado na minha vida, rs, eis que acho uma matéria de uma Jornalista que foi intercambista, e adivinhem qual programa ela fez??? AU PAIR! of course...

Acho que vale a pena ler a matéria, pois dá uma base para as recém-formadas que ficam na dúvida do "Should I stay or should I go". Não que eu tenha dúvida, mas ler essa matéria, ampliou ainda mais a minha visão (principalmente, profissionalmente), de que sou uma Jornalista recém-formada, de 23 anos, vive na pequena-grande BH e que tem o mundo à sua frente...

E no final da matéria, colocarei um trailer de um filme que é, MEU FILME, praticamente minha autobiografia, ou seja, eu na personagem (tirando a cor do cabelo e os olhos azuis lindos da Alexis Bledel....), eu na história , eu nas entrevistas (e entrevistados) eu nos romances, eu com o vizinho, eu no FILME!!! e mais parecido, impossível. É a minha situação atual, triste, mas verdadeira... Afinal "não era para ser assim". Bom...

Leiam (é grandinho, mas vale a pena) e me digam: Should I stay or should I go?


Sim, valeu (ou "Vida de babá", parte 2)

Relato enviado pela leitora Patrícia, de Natal:

"Quem acompanha o blog há algum tempo, deve se lembrar deste post, quando questionei se valeria a pena, em termos profissionais, passar uma temporada no exterior quando terminasse a faculdade, mesmo que fosse trabalhando como "au pair" (babá). Depois de ter passado pela experiência, estou aqui pra contar que valeu a pena e, quem sabe, ajudar outros indecisos.

Morei um ano em Ghent, cidade na região flamenga da Bélgica. No meu caso, como au pair, eu trabalhava quatro horas por dia e acabei ficando com bastante tempo livre. Então decidi que, para compensar o fato de estar afastada do jornalismo, eu deveria aproveitar o tempo livre (o que eu definitivamente não tinha em época de faculdade e estágios) pra fazer atividades que pudessem complementar minha formação e aproveitar cada minuto livre para viver intensamente a experiência na Europa.

Ainda antes de sair do Brasil, pesquisei e encontrei um curso de correspondente internacional em Praga e combinei com a família anfitriã que eu participaria do curso durante minhas férias, em julho. O curso foi ótimo, eu recomendo. Conheci profissionais de empresas como a BBC, vi o jornalismo de um ponto de vista diferente daquele que eu via na faculdade, recebi várias dicas, fiz uma reportagem em Praga e fui instigada a tentar vender frilas. Um dos trabalhos, inclusive, foi uma colaboração para a Folha Online.

Boa parte do meu tempo livre passei planejando viagens. Como eu trabalhava, a maior parte das minhas viagens foram em finais de semana, o que precisou de muito planejamento para poder aproveitar ao máximo o pouco tempo em cada lugar. Viajar na Europa é muito fácil, de trem ou voos de baixo custo. Tudo é muito perto, e eu estava bem no centro do continente, o que ajudou bastante. Mesmo assim, planejamento é imprescindível. Inclusive os dois mochilões que fiz, de 15 dias cada, precisaram também de muita preparação.

Foi nesses momentos de planejamento que passei a participar do CouchSurfing, uma rede de relacionamentos para viajantes. Ele é mais conhecido pela possibilidade de trocar a opção de hospedagem em albergues ou hoteis pela estadia com algum morador da cidade que você está visitando, e assim poder viver de forma mais próxima da cultura da região, além de conhecer novas pessoas, receber dicas de moradores que conhecem bem a cidade em vez de ficar isolado como um turista, em um hotel. Mas o CouchSurfing não é só isso. Se alguém quiser saber um pouco mais sobre ele, pode me procurar!

Além de viajar e fazer frilas, também me dediquei a conhecer e viver a cultura própria região onde morei. Isso significa, além de visitar os lugares e conversar com as pessoas, viver como eles vivem. Aprender o idioma, provar comidas locais, escutar música do país, participar das comemorações típicas da região, até coisas pequenas como raspar o gelo do vidro do carro nas manhãs de inverno, ou comemorar um dia de sol, inesperado mas sempre bem-vindo.

Outra opção para o tempo livre foi ler bastante. Sabe aquele tanto de livros ainda não lidos que a gente tem na estante, reservado pra algum dia que sobrar um tempo? Então, essa foi uma oportunidade pra tirar o atraso. E também pra estudar idiomas. E ainda me manter atualizada lendo os jornais – inclusive do Brasil, pra não perder o fio da meada.

O saldo foi mesmo positivo. Visitei pelo menos 40 cidades em 16 países, conheci muuuita gente, fiz novos amigos, descobri culturas diferentes, pratiquei vários idiomas, fiz curso de correspondente internacional e ainda consegui ver meu nome em matéria da Folha Online!

Se você tiver condições de bancar um curso de longa duração no exterior sem ter que trabalhar fora da área de jornalismo, pode ser melhor ainda. Mas como sei que nem todo mundo pode, garanto que a opção de ir como au pair é uma ótima alternativa. E homens também podem – se você achar que vai dar conta do recado. No meu caso, além do salário, recebia outros benefícios: moradia, alimentação, telefone, internet, curso de holandês e até um carro à minha disposição para usar no meu tempo livre, podendo viajar por todo o país com ele.

Só acho que tem que ter cuidado e procurar a família muito bem, sem pressa pra aceitar a primeira família que encontrar, conversar muito, questionar sobre todas as condições pra não ter surpresas quando chegar. Apesar de ter um regulamento sobre o programa em cada país, muitas famílias parecem não entender o objetivo cultural do programa.

Não vou dizer que não tive momentos difíceis. A saudade dos amigos, a falta do dia a dia na redação, o cansaço por causa das crianças, as limitações pelo fato de morar com outra família. Mas, depois de passar por tudo isso, hoje posso dizer que o saldo foi muito positivo e toda experiência contou pro meu amadurecimento.

A verdade é que a boa parte dessa experiência não dá pra ser descrita. As descobertas, o aprendizado, as situações difíceis, as pessoas, todas as lembranças se misturam de alguma forma aumentando minha bagagem e, por muito tempo, vão me fazer lembrar com alegria de todos esses momentos.

Quem tiver mais curiosidade, pode visitar o blog que criei pra contar as experiências. Confesso que no segundo semestre eu deixei de atualizar com frequência, e publiquei alguns dos frilas que fiz por lá. Mas no início tem algumas histórias legais. E uma das mais recentes é um resuminho de como a experiência por lá foi importante pra mim. Quem tiver dúvidas ou curiosidades, inclusive dicas sobre como encontrar uma família e negociar com ela, pode me escrever que eu respondo Bem humorado

E pra quem gosta de citações, vai um trecho de Mar Sem Fim (Amyr Klink). Pode ser meio clichê, mas é mais ou menos isso:

"Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver"."


10 Responses
  1. Anônimo Says:

    Oii
    1° visita ao seu blog
    to te seguindo taah ?
    Olha gostei mto do texto..vou ser au pair em 2011 tbm...quem sabe não nos encontramos eim?
    Desejo tudo de bom para vc..que vc consiga o dinheiro, e a uma familia otima....
    tem msn ?
    Beijos


  2. Anônimo Says:

    Oiiiii!
    Nossa, amei o texto, a citação, o trailer do filmeeeeeeee! É novo? Estréia quando? Adoro a Alexis Bledel, já quero ver *-*
    Olha, é difícil mesmo essa vida de futura Au Pair, e acho que mais ainda, de Au Pair! Mas pode ter certeza linda, vale à pena!!! Vale muito à pena! Sempre me pergunto isso também, e acho que é de lei, mas será válido!

    Boa sorte pra ti =)

    Beijooooooo!


  3. Iaia Says:

    Humm mtu bom o post, mtu interessante...to te seguindo viu, qquer coisa liga nóis como diz os manos hahahaha
    Bjoksss


  4. É realmente até anima mas ser Au Pair .. hauhauha ..

    Beijaoo


  5. Bia Moraes Says:

    Oi Sthephani!
    Lembro que já nos falamos há um tempo atrás, te adicionei no orkut e no msn, mas faz tempo, nao deves lembrar de mim.
    Enfim, estou vindo aqui divulgar o meu blog, de futura au pair! :D
    Mais do que um espaço pra contar sobre a minha experiência como au pair (que ainda vai começar), é um espaço que separei para que futuras, atuais e ex-au pairs possam se encontrar, trocar ideias, dicas e acharem outras au pairs perto de casa também. Se puder divulgar seria ótimo!
    http://biamoraes.wordpress.com
    Beijo!


  6. gataaaaa
    muitoo obrigada pelo comentario, pelo carinho, pela injecao de animoooooo!!
    nossa como e bom qdo as meninas comentam....deixam um carinho pra gente sabe, ainda mais aki, nessa situacao que ta fodaaaaaa
    ai so as amigas mesmoooo!!!
    sempre tento seguir os concelhos das amigas sabe.. conselhos que ate eu dava enquanto tava no brasil ainda... mas e foda viu.. mas eu vou vencer!!!!
    muitoo obrigada pelo carinhoooo
    ainda to sem msn.. mas se quiser pode me add no skype!!! dessapelegrineb
    te cuida e bjaooooooo


  7. Oi, Stéphani! "Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos” Mais do que correto. [sorrio]

    “Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)

    http://jefhcardoso.blogspot.com


  8. Camila Says:

    Amei!! Realmente maravilhoso!!
    Ser au pair eh uma experiencia que nao tem igual, realmente viver com uma familia americana, nem que nao seja a melhor familia, faz muita diferenca!!
    Otimo post!! Melhor do mundo!!
    Beijos


  9. Unknown Says:

    Oie Stéphani
    Amei o texto, da uma animada na gente!! O trailer do filme tbm amei, qro correr para aluga-lo se ele tiver na locadora, vc parece ser apaixonada por jornalismo é de encher os olhos...
    Boa sorte
    Bjim


  10. Glau Ribeiro Says:

    Eu concordo em gênero, número e grau com o que você disse no comentário do meu blog!

    Acho um absurdo a gente ser vizinha e não encontrar com mais frequência! Precisamos disso!

    Eu coloco a culpa na faculdade que realmente acabou comigo esse semestre, Sté! Meu Deus, to esgotada física e emocionalmente! Mto cansada!

    Maaaaaaas, tá acabando! Faltam 17 dias! E eu serei uma pessoa mais feliz a partir de então!

    Animo mto da gente sair percorrendo as agências! Fui na WS e Experimento, te falei né? Se quiser, a gente volta lá e vc conversa com eles! E a gente marca na STB também!

    =))